abril 29, 2009

a falta de açúcar...





... é interna, no sangue, e isso provoca (diz a sabedoria popular) desmaios… daí aquela imagem com a qual nos cruzamos muitas vezes na vida de ver alguém estendido no chão, desmaiado e logo logo chegando outro alguém com o pacotinho milagroso do açúcar que é entornado na língua até que a reanimação se consiga… tu não, não desmaiaras mas estavas com falta de açúcar, não no sangue… mas na pele… falta de doçura que te afagasse e te beijasse, se escorresse em ti, te percorresse e descobrisse os segredos do teu corpo, chegasse lá, e te envolvesse o sexo, se misturasse com o teu sabor, produzindo um cocktail irresistível de desejo…
o chocolate cumpria a função… beijou-te a pele e fundiu-se excitado e quente… ele restituía os níveis de açúcar, colocava-te doce… com os dedos ias espalhando-o pelas partes mais apetecíveis do teu corpo. Untaste os seios, realçando os mamilos com gotas de chocolate e massajaste o sexo, lambuzando-o à espera de alguém para te beber… Excitada, ias lambendo os dedos de quando em vez e chupando os bicos docemente, enquanto sorrias…

abril 19, 2009

és o meu doce preferido...


...quando a solidão ou a insónia ataca. Naquela noite, mais uma vez lembrei-me de ti… Era tarde, mas precisava de ti… Como te dizia sistematicamente nestas ocasiões, precisava de relaxar. Só o teu modo especial de dar prazer me fazia recuperar todo o stress acumulado durante o dia. Não tinha reparado que já tínhamos 10.000 visitas e, de repente, relembrei aquela noite em que fomos para um quarto com piscina, onde pela primeira vez experimentei penetrar-te debaixo de água…



Como sempre, mal entramos, penduraste-te em mim, beijando-me demoradamente, fazendo passear a tua língua em torno da minha. O teu corpo quente e perfeito excitava-me imenso. Os teus seios, relativamente grandes, roçavam o meu peito, fazendo-me sentir os mamilos entesados, apontando o céu.Pegando-me na mão, levaste-me para o chuveiro. Ainda vestidos e com a água encharcando aos poucos toda a nossa roupa, agarraste o meu sexo com aquela vontade que tanto apreciava em ti. Depois de pouco tempo, a água realçou ainda mais as linhas esculturais do teu corpo. Hoje não trazias soutien, e as meias vermelhas com as ligas amarradas a umas calcinhas reduzidas, preenchiam o cenário de tesão daquele momento. A um sinal teu sentei-me, ainda vestido, enquanto tu, debaixo da água que corria agora com mais pressão, te despias com movimentos sensuais. Só de meias e ligas, acariciando os seios com uma mão e abrindo o sexo rosado com a outra, aproximaste-o de mim, da minha boca, convidando-me a lamber. Inicialmente devagar, mas com o prazer galopante que sentia em ti, fui acelerando os movimentos da minha língua, tentando percorrer todos os pedacinhos daquele doce. Próxima do clímax, e como gostas, penetrei o mais que pude a língua dentro de ti enquanto tu, movimentando os quadris, controlavas a teu belo prazer o timing do teu orgasmo… Já despidos corremos para a piscina. A imagem do teu corpo nu flutuando na água excitou-me ainda mais. Puxei-te para mim e beijei-te demoradamente… Como é bom sentir os teus beijos. Sempre achei serem os melhores do mundo… Curtinhos, com a pontinha da língua, saborosos…Flectindo ligeiramente as pernas e contigo quase no meu colo, procurei o teu sexo ainda latejante e aberto pelas carícias prévias. Num movimento lento, ajudado pela redução de peso que a água oferece, encaixaste-te em mim, deslizando delicadamente ao longo do meu pénis. Devagarinho, praticamente às escuras, executamos movimentos de subida e descida, trocando imensas carícias. O meu orgasmo aproximava-se. Queria que o sentisses em toda a sua plenitude… Por isso não acelerei os movimentos. Quando senti o esperma subindo ao longo do meu membro, parei e avisei-te ao ouvido. Assim parados, concentrados e à espera do estremecer dentro de ti, disseste-me baixinho...EU GOSTO DE TI…

abril 11, 2009

hoje recebi amêndoas...



...de luz que apaguei cuidadosamente com saliva de saudade... Depois, na boca do desejo, mordisquei os teus mamilos e senti o sabor do teu sexo. Guardei-os religiosamente e para sempre, nos sentidos convenientes: paladar e tacto…

abril 06, 2009

bateste na vidraça...



... da janela do meu quarto, sem ruído, ao de leve para me fazer sonhar.
Pairavas nua envolvida pela luz ténue da Lua que te beijava o corpo, quase etéreo... Um tímido fio de luar, escorria-te nos seios, transformando cada mamilo numa estrela saliente, brilhante, pronta para me excitar...
A tua língua aflorou à janela dos teus lábios, sorrateiramente, provocadora e sensual... e sorrias, porque sabias que eu não ia acordar
Não houve sexo, só excitação... não houve orgasmo, só contemplação, não te toquei, só te sonhei... e de manhã ao levantar, vi o teu sorriso pousado no meu olhar...