... em camisa minha para te roubar o cheiro. Pedi-te que a sentisses junto a ti, que a sujasses com as saudades que trazias e a enchesses com toques de pele onde me perco. O seu tamanho, grande, aconchegava-te, sobrando tecido em volta dos teus seios que se enchiam de sorrisos endurecidos. As mangas escondiam os dedos que te afagavam os lábios e eu, adivinhando as brincadeiras que fazias, desejava saturá-los de beijos molhados e mornos. Semi-despida, semi-vestida ias impregnando o teu perfume no tecido vermelho, cor de sexo. Em cada quadrícula, colocavas um fragmento de ti: um beijo, um arrepio, uma gota do prazer que escorria dos teus dedos. Sem plano, estavam pintados com a cor do gradeamento onde prendi os bocadinhos que me deixaste trazer. Hoje, quando morro de saudades, serro grades e liberto-te em cheiros que me envolvem, me acariciam, me presenteiam com os prazeres que, semi-despida, semi-vestida, distribuíste por mim em jogos vermelhos, de escondidas.
4 comentários:
Apaixonante a forma como escreve.
Seu cantinho transpira sua essência... sua sensualidade.
Beijos rubros.
(preciosa)_Sr. Dio
gosto desse teu jeito gostoso de escrever.
òtimo post.
belas fotos, gosto daqui.
Maurizio
LINDAS fotos simples e sensuais!
sem contar com seus texto..
Bom fim de semana
beijos doces
íSIS
Afirmou brevemente poesia como criação rítmica da beleza.
"Don't"
Athens
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