março 31, 2009

o meu pensamento...


...visitou-te hoje!
atravessou a porta de entrada e procurou-te por toda a casa... encontrou vestígios de ti no quarto: cama desfeita, a roupa espalhada, e o teu brinquedo ainda húmido e quente, pousado na cama...
por segundos, ele perdeu tudo o que esperava encontrar...
perdeu a maneira linda de brincares com o teu corpo...
perdeu a delicadeza com que tocas os seios...
perdeu os teus dedos a molharem-se na boca...
perdeu o fechar dos teus olhos ao toque do vibrador...
perdeu os teus gemidos quase imperceptíveis de prazer...
perdeu o cheiro bom do orgasmo, escorrendo-te devagar entre pernas...
ousadamente, deslizou pela linha de luz que escoava pela porta entreaberta da casa de banho, e foi ainda a tempo de se deliciar com os teus seios, depois do banho...
penso mesmo que o meu pensamento, excitado, acabou por te penetrar às escondidas, escondendo-se por detrás da toalha que te secava...

março 23, 2009

o champanhe gelado…




esperava por ocasião e as serpentinas, já espalhadas, adivinhavam que naquela noite havia celebração…
Tinhas falado da vizinha, dos gemidos, das palavras e do tesão que atravessavam a parede do quarto, e te faziam estremecer…
Na noite dos 5000, ambas não tinham homens em casa!
Montaste a cena para mim: ela tinha aparecido para beber contigo… beber-te, gulosamente, provar o quanto és saborosa… Levaste-a para a sala, e descontraidamente sentaste-te nas costas do sofá, com os pés apoiados no assento. Duas velas aqueciam eroticamente o ambiente e uma música adequada escorria languidamente da aparelhagem. Deixando o roupão cair-te dos ombros, expondo os seios, afastaste as pernas e ofereceste-lhe uma visão esplendorosa de sexo, que a deixou sedenta… O champanhe cresceu em espuma dentro da garrafa, fizeste-o explodir sobre os seios e o liquido gelado, cheio de bolhinhas e piquinhos encaminhou-se graviticamente para os teus lábios, que ansiavam por matar a sede daquela boca que tantas vezes ouviste gemer em noites mais acesas de prazer. Ela estava também cheia de bolhinhas e piquinhos por dentro…Um simples sinal do teu olhar, libertou-a, e aproximando-se, bebeu-te sofregamente, com goles de prazer, sugando-te delicadamente os lábios , lambendo-te por fim as últimas gotas que esquecidas teimavam em não te deixar os peitos.

março 19, 2009

bateram-me à porta…

… acordando estremunhado , percebi a existência de um burburinho enorme que ecoava pelas escadas abaixo ou acima, isto imaginando eu, o ponto de vista do leitor que por certo se estará a colocar na melhor posição para observar a estranha cena que hoje aqui vou narrar…
3 da manha no relógio do quarto, hora imprópria! dizia eu para com o meu pijama, já que, não tendo botões, o inconsciente vetou-me a utilização da bem conhecida máxima lusitana…
Ainda meio adormecido, percorro os 4 cantos da casa tentando encontrar um relógio adequado aos acontecimentos… não podiam ser 3 da manha!!!! a não ser que, (obvio!!!), as minhas visitas, por se regerem em diferentes horários, consequência dos diferentes fusos que o Criador espalhou pelo planeta, nada de estranho encontravam em estar ali àquela minha hora… aqui em casa, por exemplo, tenho dois fusos: um, o de Portugal e o outro daqui, 2 horas mais tarde portanto… evidentemente que não posso falar do fuso horário do leitor que mesmo agora olhou para o relógio e pôs-se a fazer contas, tentando imaginar quantos fusos estariam neste preciso momento a aceder aos sonhosSUaves…
Pé ante pé, tentando transmitir para o exterior a ideia de que ninguém estaria em casa, encostei a orelha à porta e apercebi-me da salgalhada de línguas que falavam baixinho do lado de lá… O português era predominante, o de Portugal e aquele tão saboroso falado do outro lado do Atlântico.. . deu para perceber o espanhol, o francês, o alemão, o inglês e algumas línguas europeias mais estranhas, próximas daquelas que ouço todos os dias por aqui…
Cheio de coragem, espreitei pelo olho-de-boi, nome estranho para tão simples sistema, e confirmei a minha suspeita: tinha ali umas centenas largas de pessoas e deu para ver no meio da predominância branca, alguns simpáticos árabes, uns quantos chineses, e alguns africanos que internacionalizavam por completo aquele grupo de visitantes. O conjunto inspirava-me confiança, estariam ali por uma boa razão, falava mais uma vez eu com o meu pijama… O pormenor horário não era justificação para não abrir a porta, e a conjectura colocada numa das frases anteriormente escritas, estava confirmada… os visitantes não tinham acertado os seus relógios quando aqui chegaram… acredito mesmo que os leitores estarão neste momento, e por imposição do inicio do texto, colocados disfarçadamente no grupo que me visita… Deu para perceber que tinham um porta-vos… era o primeiro, o mais próximo da porta, boa aparência e muito simpático… Abri!
Delicadamente, sorrindo, disse:

- Somos 5000 e viemos ver se a menina estava…


- Sim está... está aqui...


março 17, 2009

enfeitei-te de luz...





...num ritual não planeado que poderia ser a antecipação perfeita do dia de hoje…
Estendi o cenário de látex negro, deitaste-te, e os bicos dos teus seios acusando o frio, sorriram como quem dá as boas vindas a uma noite de prazer…
A luz trémula das velas ia iluminando pequenos espaços do teu corpo, realçando uma ou outra parte onde eu mil vezes me perdi… A cera quente que como conteúdo de ampulheta mágica ia escorrendo aqui e ali, beijava inadvertidamente a tua pele, provocando um misto de dor e excitação. Dor em ti, excitação em mim pensarás provavelmente tu, quando, com um sorriso leres o texto que hoje te ofereço como prenda.
Pingas espalhavam-se pela noite negra estendida ali mesmo, debaixo de ti. Numa inversão quase perversa, a noite encontra-se sob o teu corpo, dominada pela tua vontade de sexo, reflectindo todas as luzes que te enfeitavam, como estrelas sem luar. Queria tocar-te, queria poder seguir de perto a cera que te escorre pelo corpo, te lambe os mamilos e devagarinho se aproxima do clítoris, beijando-o ternamente para te excitar… Queria sentir, roçando-me em ti, as gotas já secas, transformadas em círculos mais ou menos perfeitos que se espalmam pelas tuas coxas. Queria escorrer em ti como cera, e ver-te brilhar reflectindo a luz que daqui, tão longe, te faço assim chegar…

março 09, 2009

sublime...





...é o que posso dizer quando te vi assim, saboreando o iogurte com pedacinhos que propositadamente deixavas escorrer pelo corpo, inundando-te primeiro os seios e depois, vagarosamente, fazias percorrer pelos caminhos do corpo criados pelas posições escolhidas para posar para mim… Adágio, tal qual o iogurte, foi o andamento escolhido para me excitares naquele dia. O termo, derivado de “ad agio”, que no nosso português significa “comodamente”, deixou-me não muito cómodo, mesmo inquieto com a excitação que me invadiu naquele fim de tarde. Musicalmente, o andamento é caracterizado por 66 a 76 batidas por minuto, mas a imagem da tua língua lambendo o liquido espesso, acelerou para o dobro os batimentos do meu coração… Entornavas eroticamente o iogurte nos seios, espalhando-o lentamente em volta dos mamilos que apertavas pontualmente entre o indicador e o polegar. As tuas mãos afagavam a pele e pintavam-na saborosamente de branco, guiando os bocadinhos de bolacha para as partes apetitosas de ti. Vendo-te assim, inundada de prazer, avancei gulosamente e saboreei todos os sabores, escondidos, doces e proibidos…