fevereiro 22, 2009

a tua ausência...




... incomoda-me…
Tenho insónias e passo horas sem dormir… vasculho lembranças de noites de prazeres, contigo, por ai… e escrevo…
Escrevo, escrevo... e por fim consigo sentir o teu perfume, a tua língua percorrendo-me o corpo, o teu brincar com o meu sexo… Toco o teu, desnudado, saboreio o teu sabor húmido, lambuzo-te como um doce acabado de fazer, ainda morno… Imagino as palavras excitantes que dizes ao sentir-me dentro de ti, e tento encontrá-las em e-mail’s antigos perdidos no computador…
Nesta pesquisa desesperada, criteriosa, usando motores de busca onde coloco as palavras “meu amor”, encontro-te deitada, sobre lençol branco amarrotado, acariciando o teu sexo lindo e tenho quase a certeza que te ouvi dizer, apontando-o: vem depressa, vem, e entra dentro de mim…

fevereiro 01, 2009

fragmento de ti...

Hoje procurei um sinal teu.

Hoje o meu perfume mudou de cor,
Por não sentir o teu amor.
A luz do dia, essa mesmo, infalível e soberana,
Desapareceu.
Justificou-se depois, com dor:
Tinha falta do teu calor.

Hoje não ouvi sons que me fizessem:
- Matar saudades de ti;
- Imaginar coisas que antes vi;
- Lembrar poemas que já li.

Hoje, simplesmente,
Não te tive aqui.

Hoje as tuas mãos foram fantasmas.
Os teus sinais foram borrões,
Inundando a alma de saudade.
Hoje o teu corpo passou por mim,
Devagar,
A sonhar,
A pairar,
Como um fragmento,
Que ao sabor do vento,
Me leva o pensamento,
Para junto de ti.